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Hospitalidade e Sacrifício



O que faz a hospitalidade especial e memorável para quem é presenteado com ela é o fato de que agir com hospitalidade implica em sacrifício. Sacrifício é uma palavra que, em sua origem latina, sacrificium, significar exatamente o "ato de fazer/manifestar o sagrado".


Para o Professor Luiz Octávio de Lima Camargo, não há hospitalidade sem sacrifício! Para ele, a hospitalidade acontece após o contrato, sendo que esse “após” deve ser entendido como “para além do” ou “tudo que se faz além do” contrato, portanto, está “depois” e “a mais” daquilo que foi acordado, pago ou contratado, é por isso que a hospitalidade é uma dádiva.


Isso não significa dizer que a gente deva agir sem esperar nenhum tipo de retribuição.... Afirmar isso seria muita ingenuidade e infantilidade.


Obviamente que todos esperamos/desejamos ser reconhecidos pelo que fazemos, mas o que realmente caracteriza as pessoas com perfil para a hospitalidade ou pessoas com alto coeficiente de hospitalidade é que elas agem assim, mesmo que esse reconhecimento não ocorra. Agem assim porque sentem-se bem em fazer “mais” do que seria a sua obrigação, o que implica (para elas) em uma certa dose de sacrifício.


A boa notícia é que empresas e/ou instituições que já decodificaram os ares dos Novos Tempos estão em busca de pessoas com esse perfil. Em um mundo cada vez mais V.U.C.A. (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo) e tecnológico, toma a dianteira quem conseguir desenvolver habilidades para gerar conexões emocionais, preferencialmente, plenas de propósito.


Resumindo, sacrifício é o ato de tornar algo sagrado. Hospitalidade inclui sacrifício, o que a torna sagrada.


É difícil agir assim? É claro que é!

Mas, vale a pena!


Pratique, e aguarde os resultados.

Acredite, eles virão!




Luiz Octávio de Lima Camargo Livre-Docente pela USP/EACH, doutor em Sciences de l`Education pela Univ.Sorbonne-Paris V (Rene Descartes) (1982), título revalidado pela FE-USP como Filosofia e História da Educação e graduado em Comunicações/Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (1974). Socíólogo, com produção nas áreas de lazer, educação, hospitalidade, turismo e animação sociocultural.

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